segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ambientes e formas de acessos à leitura

Ambientes e formas de acessos à leitura
Andreia Aparecida Silva Donadon Leal
Já escrevi textos que trataram sobre o prazer da leitura em ambientes e formas de acessos diversificados.  Formas de acesso ao texto podem ser o tradicional, em que os livros são de papel; ou o contemporâneo, em que a leitura é realizada através de e-books, mensagens virtuais, blogs e sites. O que importa não é o gênero escolhido ou o ambiente de leitura – virtual ou presencial – importante é ler, sejam clássicos, best-sellers, poesias, jornais, revistas, romances, estórias em quadrinhos, etc. Quando menciono ambiente presencial destaco presença do mediador e do texto, independente da forma de acesso; o virtual pressupõe presença ou não do mediador, e o acesso é através dos recursos tecnológicos. O motivo para o gosto e prazer pela leitura está relacionado intrinsecamente à mediação e ao dinamismo do educador, ao explorar formas de acesso ao texto, com alunos dentro e fora do ambiente escolar.
O primeiro contato com o livro, infelizmente, para muitos alunos é através da escola, cabendo ao professor incentivar, criar e promover encontros literários, com objetivo de seduzir o futuro leitor e de iniciá-lo no caminho benéfico e promissor da leitura. A família também tem papel precípuo no incentivo à leitura, antes e durante o processo de escolarização. Há professores que conseguem seduzir alunos para o mundo dos livros, através de leituras diárias, explorando com maestria e astúcia, formas disponíveis de acessos ao texto. Diversificadas formas de trabalhar o texto promovem leituras prazerosas na sala de aula, na biblioteca escolar, no pátio, na quadra esportiva, nos tradicionais horários de entrada e saída dos alunos na escola (momento de se fazer fila, orar, passar instruções ou avisos importantes da administração escolar. Por que não usar esses espaços também para leitura de textos curtos?), nos laboratórios de internet (usar recursos da tecnologia e suas ferramentas “sedutoras”, para promover leitura no ambiente virtual); nos saraus realizados em ruas, praças ou em outros espaços públicos, etc. Há inúmeras maneiras de se trabalhar com a leitura dentro e fora do espaço escolar.   Há professores que reconhecem, sem nostalgias, (o passado passou, o que importa é usufruir dos métodos que deram certo e recriá-los para a contemporaneidade) a necessidade de acompanharem sem deslumbramento a temporalidade e de se atualizarem para empregar os recursos da internet, para seduzir seu público alvo, ou como preferirem, seus alunos. Não estamos em tempos e época para lamúrias e saudosismos, para lamentar que os meios tecnológicos transformaram nossos alunos “em máquinas” a serviço do sistema, ou que eles não conseguem ficar mais de vinte minutos sem apertar um botão de algum aparelho eletrônico em sala de aula. Não há como lutar contra a modernidade. Vivemos no século XXI, mas muitas vezes, requeremos com saudade e boas lembranças, metodologias e alunos do século passado. Boas metodologias do passado são base para a continuidade do caminho, mas não são métodos canônicos, calcificados e necrosados.
O “passado passou”, o que importa é usufruir de metodologias que deram certo e tentar recriá-las, de acordo com as necessidades do público alvo na contemporaneidade, sempre avaliando e planejando ambientes e formas de acessos diversificados para a leitura e para o ensino.

Andreia Aparecida Silva Donadon Leal - Deia Leal
Diretora de Projetos do Jornal Aldrava Cultural
Governadora do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais-Minas Gerais
Presidente Fundadora da ALB-Mariana

Mestranda em Literatura-Cultura e Sociedade pela Universidade Federal de Viçosa 
Exposição Virtual de Obras de Arte:

http://www.artelista.com/slideshow.php?a=8584387574870269&t=1


http://deialeal.artelista.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário