Oh, Minas Gerais! Quem te conhece, não esquece jamais!..
Acadêmica VILMA CUNHA
{O hino mineiro tão bonito e cantado, letra de José Duduca Morais, e melodia adaptada da valsa italiana Viene sul Mare, não é considerado oficial. Uma judiação}...
Há muito, sonhava conhecer Diamantina. Terezinha, dama das excursões religiosas, estreou um projeto com roteiro novo, convidou uma turma pra lá de especial, comandou o rebanho cor-de-rosa na competência de costume, e quem foi, regalou-se com beleza e cultura por 4 dias na terra do ilustre JK. Com direito a conhecer o Serro das Minas Gerais.
Sede de uma das 4 primeiras comarcas da Capitania das Minas, a antiga Vila do Príncipe do Serro Frio, hoje, cidade do Serro, ainda guarda as características das vilas setecentistas mineiras, o que lhe valeu ser o primeiro município brasileiro a ter seu conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em abril de 1938. Azul e branca, marca registrada dos sobrados e casarões do nosso estado, a cidade exibe mineiridade, com cultura, beleza e filhos ilustres. "É do Serro que sei que Minas em mim Vive ".(FrançaJúnior).
A descoberta de ricas jazidas de ouro próximas à cidade do Serro, entre os rios Grande e Piruruca, atraiu os primeiros exploradores à região da atual Diamantina. Em 1713, foi fundado o Arraial do Tijuco (que em tupi, significa lama). O grande impulso para o crescimento urbano e econômico do arraial foi a descoberta de jazidas de diamante por volta de 1720. Bernardo da Fonseca Lobo, reconhecido como o primeiro a encontrar a pedra, levou em 1726 alguns diamantes ao governador da província, sediada em Ouro Preto , e a notícia logo chegou à Coroa Portuguesa. Em 1729, o rei D. João V cancelou todas as concessões e instituiu o monopólio particular na extração da pedra, que até então vinha sendo explorada livremente. Foi fundado o Distrito Diamantino, com sede no Tijuco e subordinado à comarca do Serro Frio, para oficializar o controle da extração. A partir da segunda metade do século XIX, Diamantina inicia um período de decadência econômica com o esgotamento das jazidas. Intensificou-se então a agricultura de subsistência apesar do relevo pedregoso, e no início do século XX, a indústria têxtil surgiu como nova opção econômica.
A cidade calçada com pedras pelos escravos, sobe e desce ladeiras ostentando sobrados e casarões imponentes, entregando a belíssima origem portuguesa. Ainda que as ruas e becos estreitos do centro tenham também o traçado irregular que caracteriza outras cidades da época, Diamantina apresenta algumas características só dela. Há poucas praças e não se vê grandes prédios públicos. A arquitetura das igrejas também é diferente de outras cidades históricas. O estilo é simples e elegante.
Monumentos Civis: Mercado dos Tropeiros; Casa de Juscelino Kubitschek; Casa da Glória e Passadiço; Casa de Chica da Silva; Casa do Padre Rolim (Museu do Diamante); Casarão do Fórum; Casa do Muxarabiê; Rua do Burgalhau;Casa da Intendência (Prefeitura)
Monumentos Religiosos: Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos; Igreja São Francisco de Assis; Igreja Nossa Senhora do Carmo; Catedral Metropolitana de Santo Antônio; Igreja Nosso Senhor do Bonfim; Igreja Nossa Senhora das Mercês; Igreja da Luz; Capela Imperial do Amparo; Basílica do Sagrado Coração de Jesus.
Diamantina é pluricultural. As artes se dão as mãos e dançam a ciranda da rica história. Diamantina canta nas ruas, nas escolas, em saraus nas igrejas centenárias, nas serestas, toca nas Vesperatas famosas, não nega o berço que embalou o belo. Zela pela memória preciosa.
Arte Miúda, Curso Livre de Arte Integrada, fundado em 1988 por Soraya Araújo Ferreira Alcântara e Maria Eunice Ribeiro Lacerda, tem como objetivo despertar o interesse e a sensibilidade da criança (a partir dos 03 anos de idade) e do adolescente pela arte, por meio da integração das artes (plásticas, cênicas, musicais e dança), em ambiente propício ao desenvolvimento da criatividade e da descoberta do talento artístico. A Escola desenvolve diversos projetos, com destaque para o resgate e a divulgação da cultura de Diamantina e região. O Projeto “Memória Musical” cultiva e divulga a tradição seresteira de Diamantina com o Grupo de Seresta Infanto-Juvenil que se apresenta para turistas e nativos encantados e também em diversas cidades brasileiras Vimos um espetáculo grandioso.
Semana que vem vou contar!
Amor de Maio
Vilma Cunha
O céu chorando em maio
Ensopando a noite lá fora
Pena, meu Pai qual seria?
Chuva alegre meu poeta
De banhar as laranjeiras
Seus botões com poesia
Pai milagreiro das Bodas
Com os cântaros de amor
Sacramentando harmonia
Poeta, aroma o teu verso
No doce encanto de maio
Hás de incensar a alegria
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